segunda-feira, 1 de maio de 2017

Crítica do filme Águas Rasas / The Shallows

Pra quem não conhece, esse filme mostra a luta de uma surfista pela sobrevivência.
Ela foi surfar numa praia pra lá de deserta, e no final da tarde é atacada por um tubarão. Sem ter como nadar de volta (pra não ser atacada de novo, óbvio) ela fica em cima de umas pedras, que quando a maré está baixa forma uma ilhazinha. Ela fica lá quase o filme inteiro lutando para viver.

PS: Pra não dar spoilers pra quem não gosta, se você gosta no final eu digo se ela se salva ou não.



Tá, agora vamos a crítica.
Cortes de cenas.
Eu passei uma boa parte do filme pensando que o mesmo se tratava dela lembrando de tudo que ela passou no meio dos tubarões.
O início de filme, onde mostra a praia, o mar, visto do alto, e depois corta para visão dela, é bem estranho e confuso. Deixa eu explicar melhor. Quando ela chega na praia (novamente) pra lá de deserta, os cortes de cenas que temos são: a praia visto do alto, e a praia visto por ela. Ou seja, a visão de quem está no ar, num helicóptero por exemplo, e a visão de quem está na terra, em frente a praia, aqui no caso, a visão dela. Só que, eu tenho que dizer, esses cortes foram muito mal feitos, não sei se por falta de recursos, o que seria muito difícil, ou se por falta de criatividade, interesse.
Quando vemos a praia do alto, vemos a praia mais tranquila que já vimos, parece mais uma piscina, não tem nem uma onda, eu juro, quando corta para uma das visões dela, é onda que não acaba mais, depois uma outra visão dela não tem mais onda. Ela entra no mar, sem onda nenhuma, de repente uma onda atrás da outra. Ela passa as ondas, e, do nada, não tem mais ondas. Ela conversa por um minuto com uns caras que estão sentados em suas pranchas, e agora vamos surfar porque de novo temos ondas, muitas delas, e cada uma maior que a outra. As ondas aparecem e somem num intervalos de segundos, ou um minuto no máximo. Eu até pesquisaria pra saber se essa tal praia é uma praia especial onde as ondas vem e vão do nada, fazendo a praia parecer uma piscina e um mar de ondas de verdade, se eles dissessem o nome da praia. Ela passa um dia e algumas horas ilhada e nada de onda. Pra não dizer nada de ondas, teve uma única onda, no corte entre uma cena e outra.

O filme foi um tanto fraco em questões de cenas aterrorizantes. O que mais vemos é ela na ilha de pedras com dor. Cenas onde ela realmente tem que lutar com o tubarão é uma vez ou outra, mas eu acho que isso se qualifica na classificação suspense.
Ele só impressiona porque foca na parte humana do pública, aquela parte de nós que tem pena quando ver alguém sofrer e passar por situações como essas que nos fazem chorar de emoção mesmo sabendo que só é só ficção. A personagem sofreu e muito, não só fisicamente, mas também emocionalmente. Por que passar mais de um dia ilhada, sozinha, tendo quase cem por cento de certeza de que iria morrer ali é um baita sofrimento psicológico.

Indico? Sinceramente? Não sei, você quem sabe. A parte técnica confunde, a história por outro lado é comovente, e uma vez que você começa a assistir ela te prende, porque você quer saber se ela vai sobreviver ou não, e se vai, você quer saber como.

Assisto de novo? Talvez, se eu for assistir de novo eu vou adiantar até o momento onde a ação começa.



SPOILER ALERT ! ! !


Ela faz um plano bem louco e arriscado, engana o tubarão que vai parar no fundo do mar cheio de ferros enfiados na boca. Ela está quase morta, desacordada, quando um morador local consegue achá-la e salvá-la, graças ao vídeo que ela fez numa câmera presa num capacete e lançou no mar, que foi encontrado por um menino que correu e chamou o homem que a salvou.

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